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Ministério da Saúde distribui 2,3 milhões de medicamentos para intubação doados

Os fármacos foram comprados na China e doados por um grupo de empresa formado pela Vale, Petrobrás, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen

  (crédito: Christophe SIMON/AFP)

Em meio à dificuldade de conseguir kits de intubação para dar alívio aos estados e municípios com estoque em baixa, o Ministério da Saúde recebeu 2,3 milhões de medicamentos usados no procedimento, entre eles relaxantes musculares, sedativos e analgésicos. Os fármacos foram doados por instituições financeiras e começam a chegar aos estados nesta sexta-(16). O montante será suficiente para garantir intubação por 10 dias.

A doação foi feita por um grupo de empresas formado pela Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen. "É uma doação expressiva. Agradecemos publicamente, porque sabemos que vão salvar muitas vidas", reconheceu o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Helio Angotti.

Segundo Angotti, a distribuição desta e de todas as remessas de medicamentos são pactuadas durante reunião com os conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais (Conass e Conasems), em que o ministério sugere o quantitativo e as outras instâncias do sistema tripartite aprovam. "O diálogo é de igual para igual. Todo mundo junto, tentando se ajudar, vendo quem está com maior desabastecimento e quem precisa com mais emergência. Há um consenso ali, com base em critérios técnicos de necessidade", disse, durante coletiva de imprensa desta quinta-feira (15/4)

O problema, no entanto, é a escassez de oferta perante a demanda. A pasta tentou comprar kits de intubação para abastecer a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por seis meses, mas conseguiu menos de 20% do pretendido. O governo, agora, se empenha na busca por insumos internacionais e conseguiu doações da Espanha, que devem chegar na próxima semana. "O governo brasileiro agradece a generosidade do governo da Espanha, que anunciou a doação de medicamentos do chamado 'kit intubação' para abastecer os estoques dos hospitais brasileiros na linha de frente do combate à covid-19", diz a nota da pasta.

Diante da instabilidade do cenário e iminente esgotamento de estoques, Angotti frisou que, em nenhum momento, houve a desativação das ações de emergência. Mas, com o aumento exponencial dos casos, foi necessário incrementar as estratégias para "auxiliar os estados a harmonizar seus estoques". Dentro das ações estão a requisição administrativa dos estoques de indústrias, aquisição internacional, novos pregões, execução dos saldos já contratados e pendentes e doações.

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