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Candidato do governo do Mato Grosso do Sul é acusado de trocar cargo público por sexo

A ação aconteceu depois de uma apuração preliminar baseada em relatos de quatro mulheres que procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam)


Marquinhos Trad (PSD), atual candidato ao governo do Mato Grosso do Sul e ex-prefeito de Campo Grande, está sendo acusado de trocar cargos públicos na prefeitura local por sexo para mulheres. Segundo a Polícia Civil do estado, um inquérito já foi instaurado para apurar as denúncias de episódios de assédio sexual.

A ação aconteceu depois de uma apuração preliminar baseada em relatos de quatro mulheres que procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Das quatro mulheres, três dizem ter se sentido assediadas.

Os depoimentos são semelhantes. Segundo as mulheres, estavam passando por problemas financeiros e foram atraídas para o gabinete da prefeitura com a promessa de emprego em algum órgão público de Campo Grande.

Quando estavam no local eram assediadas, por meios de truques de mágica que o ex-prefeito fazia com baralho, e em seguida, manifestava o desejo por sexo. Das três mulheres que se disseram vítimas de Marquinhos, duas disseram ter mantido, durante determinado período, relações sexuais dentro da prefeitura. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

Em um dos depoimentos, a mulher afirmou que levou a investida mas recusou. “QUE a declarante narra que MARCOS começou a tentar beijá-la passando a mão em seu corpo, mais precisamente em seus seios e, em seguida a empurrou para uma pia e abaixou as próprias calças; QUE a declarante alega que todo este ato foi muito rápido e a mesma estava apavorada, além disso, a declarante pode sentir que o mesmo estava com ereção e que tentou levar a sua mão ao seu órgão genital; QUE, diante da negativa da declarante em manter qualquer relação sexual com a pessoa de MARCOS, o mesmo vestiu as calças”, diz trecho da investigação preliminar.

Já outra mulher disse que mantinha relações sexuais com Trad por um tempo e que foi vítima de assédio meses depois do fim do caso extraconjugal com o então prefeito, quando já estava com outro homem. De acordo com o depoimento, Trad, fora da prefeitura, teria tentado beijá-la à força, em 17 de junho deste ano, no atual comitê de campanha utilizado por ele. O da terceira mulher foi parecido com o da segunda, se diferenciando somente porque o prefeito teria se recusado a usar camisinha durante o ato sexual, contra a vontade da moça. Além disso, a mulher falou que foi quatro vezes na prefeitura por promessas de emprego que nunca foram concretizadas, somente para relações sexuais consentidas dentro do gabinete.

A quarta mulher disse que nunca esteve com Marquinhos pessoalmente.

O ex-prefeito negou todas as acusações

“Quanto mais eu consolido minha liderança nas pesquisas de intenção de voto ao governo estadual, mais ataques surgem. Tenho gravação de pessoas que foram procuradas para receber valores para contar histórias a meu respeito. Esses depoimentos [dados à Polícia Civil] têm o objetivo de abalar minha candidatura. Estou disputando contra o candidato do atual governo. Esses dias eu gravei vídeo de matança de índios no qual cobrei apuração porque a Polícia Militar invadiu a aldeia sem o mandado do juiz. E eu recebi do secretário de Segurança [uma mensagem que diz] o seguinte: ‘Ou você fica do lado da gente ou as coisas vão piorar’. Ele prenunciou que viria isso aí”, relatou Marquinhos Trad.

As informações são do Metrópoles.

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