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Secretário Fernando Mineiro rebate prefeito e diz que Alvaro trabalha para destruir consenso viabilizado em defesa da vida, e não do vírus

O ex-deputado e sectário de governo, Fernando Mineiro também coordenador do programa Pacto pela Vida reagiu nesta sexta (24) ao decreto municipal anunciado pelo prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) com divergências em relação às medidas restritivas divulgadas pelo Governo do Rio Grande do Norte.

Para Mineiro, está claro que o impasse não é uma ou outra divergência pontual entre as determinações previstas, mas a interferência política do prefeito da capital num consenso conquistado com o apoio e a mediação, inclusive, do Ministério Público nas esferas Estadual, Federal e do Trabalho.

Após a reunião convocada na quinta (22) pela governadora Fátima Bezerra com os prefeitos articulados pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Álvaro Dias seguiu para outro encontro com prefeitos de algumas cidades do interior, onde definiram mudar algumas regras previstas no documento apresentado pelo Estado:

– Essas divergências são artificiais, está claro que o Álvaro foi para a reunião com a Femurn com o claro objetivo de parar o diálogo e a construção de um consenso para enfrentar a pandemia. Esse decreto que ele anunciou não seria feito numa tarde, já estava pronto. Ao mesmo tempo que ele diz que a governadora não ouviu os prefeitos, foi para a reunião para inviabilizar e liberou geral”, disse.

Em entrevista a uma rádio local na quinta-feira (22), o prefeito de Natal chegou a chamar de “abuso de autoridade” o toque de recolher editado pelo Governo do Estado restringindo o horário de circulação de pessoas nas ruas para não estimular aglomerações. Na mesma entrevista, Álvaro Dias ironizou a pandemia ao afirmar que “o coronavírus não gosta de álcool” e classificou de “equivocado” o decreto estadual.

As principais divergências observadas entre os decretos estão na ampliação do horário de funcionamento de bares e restaurantes. Em Natal, pelo novo decreto municipal, o limite de atendimento ao público vai até 22h com a venda e o consumo de bebidas alcóolicas liberadas nas dependências dos estabelecimentos. No decreto estadual, a comercialização de bebidas é vedada como forma de evitar aglomerações e o limite atendimento ao público segue até 21h.

O prefeito tem desmentido os próprios auxiliares. Na questão da suspensão da 2ª dose da Coronavac em Natal, por exemplo, o secretário municipal de Saúde George Antunes responsabilizou o Governo Federal e pediu o fim das brigas políticas entre Governo estadual e prefeitura de Natal. Já Álvaro Dias ignorou os apelos do auxiliar e voltou a dizer que a responsabilidade é do Governo do Estado ao “segurar” vacinas que estão hoje na reserva técnica, por orientação do Ministério da Saúde.

Ainda sobre o impasse dos decretos, Fernando Mineiro critica a postura do prefeito e avalia que os donos de bares estão sendo usados:

– O donos de bares estão sendo usados. Está claro que é uma disputa política para inviabilizar o que o Governo conseguiu, com o apoio do MP, de buscar um consenso. Não iriam fazer um decreto com tal complexidade se (o documento) já não estivesse ponto. Álvaro quer reeditar o que passou 2020 todo fazendo, que era esperar o Governo soltar um decreto para divulgar outro diferente no dia seguinte. Mas não vamos gastar nossas energias com isso, vamos concentrar energia para salvar vidas, e não o vírus”, afirmou.

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