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Polícia troca tiros com assassino Lázaro mas bandido consegue fugir; caçada dura 10 dias

Policiais fazem busca pelo serial killer Lazáro Barbosa Foto: PABLO JACOB / Agência O Globo

A força-tarefa montada para prender o fugitivo Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, realizou 1 cerco na tarde de ontem quinta (17). Ele é suspeito de matar pelo menos cinco pessoas na última semana; buscas pelo criminoso envolveram helicópteros, cães farejadores, drones e mais de 200 homens.

Os policiais informaram que há um homem armado na mata, na zona rural de Cocalzinho de Goiás, e suspeitam que se trata do serial killer que está em fuga há nove dias. As forças de segurança pediram para a imprensa ficar afastada do local pois ocorre troca de tiros.

Durante o 9º dia de buscas pelo suspeito, os agentes das forças de segurança contam com a ajuda da Força Nacional. Até então, mais de 200 policiais atuavam para capturar o “serial killer”.

O reforço, oferecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, mobilizou mais 20 homens para a ação na região de Goiás e do Distrito Federal (DF). Com isso, a força-tarefa montada em Cocalzinho reúne equipes da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da cavalaria. Eles estão equipados com três helicópteros, cães farejadores, drones e ferramentas de visão noturna e térmica – todos os apartados são usados com o direcionamento de profissionais da inteligência.

Homens da Força Nacional que estavam apoiando a segurança no Estado do Rio Grande do Norte, foram convocados para auxiliar nas buscas do assassino em série.

Os crimes de Lázaro

Quarta, dia 9 de junho: Lazáro invade a chácara de Cláudio Vidal e mata ele e seus filhos, em uma ação que dura cerca de 10 minutos. No momento da fuga, faz Cleonice Marques, de 43 anos, mulher de Cláudio, refém e a sequestra. Logo após a entrada do bandido na casa, ela teria feito uma ligação para seu irmão pedindo por socorro. Sua família chega momentos depois, mas encontra apenas os corpos de Cláudio e seus filhos.

Serial killer foragido em Goiás tentou acertar cão farejador durante troca de tiros, relatam policiais

Quinta, dia 10 de junho: Na parte da manhã, Lazáro Barbosa teria invadido outra residência apenas três quilômetros de distância da chácara da família de Cláudio e Cleonice. Ele teria mantido a dona da casa, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, sob a mira de sua arma durante três horas e os obrigado a fumar maconha. Ele teria roubado cerca de R$ 200 e celulares antes de deixar a residência. Cleonice continua desaparecida.

Sexta, dia 11 de junho: Lazáro é suspeito de roubar um carro e fazer mais um refém. Ele teria deixado Ceilândia e ido para Cocalzinho, em Goiás. Lá, incendeia o veículo. A polícia acredita que ele pode ter contado com a ajuda de um comparsa nesse momento. As buscas por Cleonice continuam.

Sábado, dia 12 de junho: O corpo de Cleonice é encontrado em um córrego próximo ao Sol Nascente. Enquanto isso, Lázaro teria invadido uma residência nos arredores de Lagoa Samuel, onde teria ingerido bebidas alcoólicas, feito o caseiro refém e destruído o seu carro. Horas depois, ele teria invadido outra chácara, atirado em três homens e roubado armas de fogo. À noite, teria incendiado uma casa em Cocalzinho. Alguns relatos afirmam que ele teria trocado tiros com a polícia, informação que não foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás. Os três homens baleados foram levados a um hospital. Dois encontram-se em estado grave.

Domingo, dia 13 de junho: Lazáro invade uma casa por volta das 15h. A residência estaria vazia naquele momento. O criminoso teria roubado um carro Corsa vermelho. Aproximadamente às 18h30, o veículo teria sido abandonado em uma rodovia, a 30 quilômetros da residência invadida mais cedo. Acredita-se que Lázaro tenha avistado um bloqueio policial e decidiu fugir para o mato. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de munição. De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o suspeito teria chegado a trocar tiros com a polícia antes de fugir para um matagal.

Segunda, dia 14 de junho: Lázaro troca tiros com um fazendeiro na região de Edilândia. Policiais civis e militares fecham o cerco, mas não efetuam a prisão do suspeito. Foi levantada a hipótese de o autor da chacina ter ficado ferido.

Terça, dia 15 de junho: Uma família é feita refém por Lázaro na zona rural de Edilândia. Segundo Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, ele utilizou o mesmo modus operandi e levou o casal dono da propriedade e a filha adolescente deles para a beira de um rio. A menina conseguiu, porém, mandar uma mensagem para o celular de um policial que visitou a casa das vítimas no dia anterior. As equipes foram até o local e houve confronto com o criminoso. Os reféns foram salvos, mas um policial acabou sendo baleado de raspão. Ele recebeu atendimento e passa bem. Lázaro conseguiu fugir.

Quarta, dia 16 de junho: Lázaro Barbosa foi visto por um morador em uma área rural. De acordo com Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, os policiais foram alertados sobre a presença do serial killer e fecharam o perímetro de buscas em torno do local onde ele foi visto. Miranda também afirmou que Lázaro havia passado a noite anterior em uma casa que estava abandonada.

Quinta, dia 17 de junho: No 9º dia de buscas pelo serial killer Lázaro Barbosa de Sousa, o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro está "desgastado" e tem cometido "erros". Miranda também anunciou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ofereceu 20 agentes da Força Nacional para ajudar nas buscas pelo assassino.

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