Na manhã deste sábado (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma bateria de exames no Hospital DF Star, em Brasília, após sentir-se mal durante compromissos políticos em Goiás na sexta-feira. Aos 70 anos, Bolsonaro cancelou sua agenda em Anápolis e retornou à capital federal, onde foi atendido pelo cirurgião Cláudio Birolini — o mesmo que o operou em abril para tratar um descolamento da parede abdominal, decorrente de complicações da facada sofrida em 20182.
Segundo relatos, o ex-presidente vinha apresentando episódios frequentes de vômitos e soluços, além de indisposição estomacal. Durante um discurso em Aparecida de Goiânia, chegou a interromper a fala, dizendo: “Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia”. Os exames realizados neste sábado incluíram tomografia de tórax e abdômen, além de hemograma completo.
O diagnóstico preliminar apontou um quadro de pneumonia viral, conforme informou o médico Cláudio Birolini. Bolsonaro foi medicado com antibióticos e deixou o hospital com um monitor de pressão arterial, que deverá usar por 24 horas.
Desde o atentado de 2018, Bolsonaro já passou por sete cirurgias, a maioria delas relacionadas a complicações intestinais. Apesar da gravidade dos sintomas recentes, sua equipe médica afirma que o quadro atual não tem relação direta com a última cirurgia.
O episódio reacende o debate sobre a saúde do ex-presidente, que mesmo inelegível até 2030, segue ativo politicamente e é figura central no xadrez da direita brasileira. Ainda que seus aliados minimizem os impactos, a recorrência de problemas médicos levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter uma agenda pública intensa nos próximos anos.
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