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Editorial: O Rio de Janeiro está sob cerco — e o Brasil não pode mais fingir que não vê; veja imagens








O Rio de Janeiro, cartão-postal do Brasil, vive hoje uma tragédia que não pode mais ser ignorada. A cidade maravilhosa, que já foi sinônimo de alegria, cultura e resistência, está sendo sufocada por uma escalada brutal de violência armada, alimentada por facções criminosas que dominam territórios inteiros e aterrorizam a população. Em 2025, o estado bateu recordes de tiroteios entre grupos armados, com aumento de 48% em relação ao ano anterior. Mulheres baleadas dentro de casa, crianças impedidas de ir à escola, trabalhadores acuados — essa é a rotina de milhares de cariocas.

A omissão do Estado brasileiro é gritante. Enquanto a população vive sob o som constante de tiros e helicópteros, o governo federal se mantém em silêncio. Não há pronunciamentos contundentes, não há planos emergenciais, não há solidariedade institucional. O presidente Lula, que deveria ser a voz da nação, parece ter esquecido que o Rio também é Brasil. A ausência de ação é mais do que negligência — é cumplicidade com o sofrimento.

Os números não mentem: embora os homicídios tenham caído, os roubos aumentaram 16,9% em 2024, tornando o Rio o único estado do país com alta nesse tipo de crime. A sensação de insegurança é real e devastadora. Até clubes como Botafogo e Vasco suspenderam atividades por medo de confrontos.

A embaixada dos EUA chegou a emitir alerta para seus cidadãos, recomendando que evitem áreas de risco e monitorem aplicativos de segurança. Quando até o futebol e o turismo são afetados, é sinal de que o colapso não é mais local — é nacional.

Especialistas apontam que o combate às facções exige mais do que operações pontuais e violentas. É preciso inteligência, integração entre forças policiais e sufocamento dos núcleos financeiros do crime organizado. Mas sem vontade política, sem liderança federal, sem coragem institucional, essas propostas ficam no papel.

O Rio de Janeiro não é um problema isolado. É um espelho do Brasil que falha com seu povo. É um grito abafado por discursos vazios e promessas não cumpridas. É hora de parar de romantizar a beleza e encarar a realidade: o Rio está sendo destruído pela violência e pela indiferença.

O Brasil precisa acordar. O governo federal precisa agir. E o povo carioca merece viver com dignidade, não com medo.

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