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Pandemia evidencia que Brasil gasta pouco e mal em saúde pública, diz diretor da OCDE

Fazer investimentos na saúde pública brasileira é algo urgente, afirma Frederico Guanais, diretor-adjunto da divisão de saúde da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, a pandemia de covid-19 "deixou claro que despesas na área de saúde são investimentos."

O Brasil gasta em saúde 9,2% do PIB (soma de todas as riquezas produzidas), pouco acima da média dos 37 países-membros da OCDE, a maioria ricos, que é de 8,8% do PIB. Mas no caso do Brasil boa parte dessas despesas são privadas. A fatia dos recursos públicos investidos nessa área representa apenas 4% do PIB, enquanto na média da organização ela é de 6,6% do PIB."O financiamento do sistema público de saúde do Brasil é muito inferior ao dos países da OCDE", afirma o diretor ítalo-brasileiro, especialista em saúde pública que já atuou no Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Ele afirma que a pandemia relança a discussão sobre a necessidade de ampliar a verba do sistema público de saúde no Brasil. Além disso, é preciso "gastar melhor os recursos e se assegurar que eles sejam mais bem utilizados", acrescenta.

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