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Como se tornar um tirano?


Em artigo publicado na Edição 146 da Revista Oeste, Ana Paula Henkel escreve sobre a série Como Se Tornar um Tirano, da Netflix. “Muito da série é pura ironia, mas ela é tragicamente baseada nas táticas e estratégias reais usadas por Josef Stalin, Mao Zedong, Adolf Hitler, Muammar Gaddafi, Kim Il-sung e Saddam Hussein”, escreve a colunista.

Leia um trecho

“De acordo com Como Se Tornar um Tirano, se você quer ser um ditador, primeiro você precisa ser um tipo específico de pessoa. Para começar, você deve ser, ou pelo menos apresentar-se, como uma das pessoas ‘comuns’ da vida. Hitler foi soldado, Mussolini era filho de ferreiro, Saddam Hussein foi criado por um tio depois da morte do pai e abandono pela mãe, e Muammar Gaddafi veio de uma família humilde e seu pai ganhava uma escassa subsistência como pastor de cabras e camelos. Você precisa ser uma pessoa ‘comum’ que retrate o velho ditado ‘Um homem que compartilha seus sonhos pode realizá-los’. Portanto, um professor ou sindicalista, por exemplo, serviriam muito bem.

A partir desse ponto, a série revela outras páginas do ‘manual’ para se tornar um tirano de sucesso e cada episódio escolhe um princípio-chave de um ditador da história para ilustrar as regras despóticas de engajamento. Por exemplo: como tomar o poder (Hitler), como esmagar seus rivais (Saddam Hussein), como reinar através do medo (Idi Amin, de Uganda) e assim por diante. A série é sombriamente sarcástica, aliás, define tirania não como ‘governo de um governante cruel e opressor’, mas como um ‘governo para pessoas que querem resultados’ e que não necessariamente se importam com a forma como esses resultados são obtidos. Mas, repito, para deixar claro para o novo Ministério da Verdade no Brasil: fatos parecidos com o atual cenário político são mera coincidência.”

A Edição 146 da Revista Oeste vai além do texto de Ana Paula Henkel. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J.R. Guzzo, Silvio Navarro, Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Roberto Motta, Dagomir Marquezi, Pedro Jobim, Bruno Meyer, General Eduardo Villas Bôas, Evaristo de Miranda, Theodore Dalrymple e Eduardo Cunha.

de Revista Oeste

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