O depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes ao Supremo Tribunal Federal trouxe novos desdobramentos às investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A audiência oi marcado por momentos de tensão e embates diretos com o ministro Alexandre de Moraes. o ministro Alexandre de Moraes confrontou o general sobre divergências entre seu depoimento à Polícia Federal e suas declarações no tribunal. Freire Gomes confirmou que participou de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022, onde foram discutidas possibilidades como estado de sítio e estado de defesa.
Em resposta, o general manteve sua postura firme e declarou: “Com 50 anos de Exército, eu nunca mentiria.” A afirmação provocou um silêncio imediato na sala e gerou repercussão entre os observadores do processo. O episódio reforçou a polarização em torno do caso, com setores que veem as investigações como um esforço legítimo para apurar irregularidades e outros que argumentam que há um viés político na condução do processo4.
A revelação desse encontro gerou reações variadas. De um lado, há aqueles que veem as investigações como parte de um esforço legítimo para apurar possíveis irregularidades. Por outro, cresce a percepção de que o caso tem um forte componente político, sendo conduzido em meio a um ambiente de intensa polarização. A divulgação do conteúdo de depoimentos na operação Tempus Veritatis reforçou essa percepção, ao trazer elementos que, para alguns, indicam um direcionamento específico na narrativa construída em torno do ex-presidente.
A audiência faz parte da ação penal contra o chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus acusados de tentativa de golpe de Estado. A cada novo depoimento, o debate se intensifica, colocando em questão os limites entre justiça e política no Brasil.
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