O Brasil vive tempos inquietantes, em que o equilíbrio entre os Poderes parece cada vez mais frágil. Enquanto parte da magistratura transforma decisões jurídicas em instrumentos de poder, o Congresso se omite, se acovarda, e abdica da sua função constitucional de representar o povo e conter abusos.
A imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Bolsonaro, antes de um julgamento definitivo, escancara um cenário preocupante de ativismo judicial — onde medidas restritivas parecem ultrapassar o limite do razoável. Essa postura gera indignação não apenas entre seus apoiadores, mas entre todos aqueles que prezam pela legalidade, pelo devido processo e pela separação dos Poderes.
Não é papel da Justiça agir como protagonista político. Tampouco é aceitável que o Parlamento vire espectador silencioso diante de decisões que abalam a democracia e desrespeitam prerrogativas individuais.
A toga não deve governar. A Constituição deve prevalecer. E o povo não pode se calar.
0 Comentários