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Bolsonaro dedica live ao desgaste de Lula e PT com caso BNDES

Em ritmo de campanha contra o principal adversário, presidente recorreu ao relatório da investigação sobre o banco estatal


O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) usou a live desta quinta (27) para desgastar os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que segue liderando as pesquisas de intenção de votos, por meio da revelação dos empréstimos feitos a países parceiros das gestões anteriores.

Na live, Bolsonaro apresentou uma planilha com valores emprestados a outros países, entre os quais o presidente citou Angola, Argentina, Cuba, Equador e Venezuela. Os recursos eram para obras majoritariamente de infraestrutura, como hidrelétricas, aeroportos e habitação popular. 

Bolsonaro estava acompanhado do atual presidente do BNDES, Gustavo Montezano, cujo papel foi explicar melhor os dados apresentados e corrigir valores superestimados pelo chefe do Executivo federal.

A planilha é um dos documentos do relatório chamado por Bolsonaro de "caixa-preta do BNDES", que pretendia revelar os supostos esquemas de desvio de dinheiro para países de esquerda, envolvendo o banco as gestões de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse assunto é comentado desde a campanha eleitoral de 2018.

Logo no primeiro ano de mandato de Bolsonaro, o BNDES gastou R$ 48 milhões para realizar uma auditoria nos contratos de empréstimos do banco a empresas e governos estrangeiros. Porém, essa inspeção não encontrou indícios de irregularidades, como o próprio presidente reconheceu na live.

"Pelo que a gente sabe aqui, não teve nenhuma operação ilegal. Tudo foi autorizado por leis, muitas começaram via medidas provisórias. Isso tudo obviamente é uma máquina que foi ajeitada, foram criadas condições para que esses projetos chegassem ao Congresso, se transformassem em lei e esses recursos foram para o exterior", descreveu o presidente, sem mencionar o período em que foi deputado federal.

A investigação contratada pelo BNDES durou quase dois anos e resultou em relatório de oito páginas, que, segundo Bolsonaro, ainda será entregue ao Ministério Público. Nesse relatório consta a conclusão de que não foram encontradas evidências diretas de corrupção nas oito operações realizadas entre 2005 e 2018.

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