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Natal sem vacina; prefeito culpa governadora e sesap explica em nota falta de planejamento da prefeitura

Há semanas, a taxa de ocupação de leitos críticos destinados exclusivamente ao tratamento da covid-19 não fica abaixo de 90% no Rio Grande do Norte. Na fila de espera por uma UTI vaga já morreram mais de 700 pessoas.  Ontem, terça (20), o Regula RN mostra que 705 pessoas já perderam a vida enquanto aguardava esse tipo de leito.

Em Natal, o número de casos confirmados são de 57843, os casos suspeitos alcançam 13573, já os casos descartados somam 123087, enquanto o número de óbitos chegam a 2021. O momento deveria ser de união entre os gestores da prefeitura de Natal, prefeito Alvaro Dias e a governadora Fátima Bezerra, mas o que se ver é uma briga por protagonismo ao enfrentamento da pandemia na capital do Estado, onde vidas são ceifadas, enquanto as autoridades ficam nessa disputa política idiota.

Em meio a toda essa disputa idiota entre o prefeito e a governadora, Natal continua sem vacina e o Estado com reserva de 10 mil doses. Falta de planejamento de ambos.

Alvaro culpa Fátima e recebe de volta o ataque na mesma moeda.

Em nota, a Sesap afirma que houve um erro estratégico da prefeitura de Natal, quando decidiu usar para vacinar pessoas com a primeira dose (D1) parte das doses que o Ministério da Saúde orientou que fossem destinadas exclusivamente à segunda dose (D2). A secretaria ainda disse que tem como função distribuir as vacinas que chegam do Ministério da Saúde. E que a aplicação é de responsabilidade exclusiva dos municípios.

Não há registro de problema similar em outros municípios do Rio Grande do Norte”, diz o comunicado oficial da Sesap.

Nota:

A respeito de informações sobre a responsabilidade do Governo do Estado quanto à falta de vacinas e consequente suspensão da vacinação contra a Covid-19 em Natal, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) assegura que distribuiu todas as doses entregues pelo Ministério da Saúde aos municípios.

Cabe esclarecer que o município de Natal usou parte das doses que o Ministério da Saúde orientou que fossem destinadas exclusivamente à segunda dose (D2) para vacinar pessoas com a primeira dose (D1). De maneira que a cada nova remessa recebida pelo município há uma lacuna, pois parte desses imunizantes foi usada em público não recomendado para aquele momento.

Não há registro de problema similar em outros municípios do Rio Grande do Norte. O município de Natal não seguiu as orientações da Nota Informativa nº 15 que, de forma clara e objetiva, deu conhecimento que o maior volume de doses recebidas naquele momento destinava-se à D2. Utilizá-las como D1 acarretaria, inevitavelmente, este problema.

A Sesap, tão logo recebe os imunizantes encaminhados pelo Ministério da Saúde, faz a distribuição aos municípios, como o fez no caso de Natal. E, nesse sentido, todas as doses que cabiam ao município foram devidamente entregues.

Ressalta, oportunamente, que o Governo do Estado não mantém estoque de imunizantes destinados à segunda dose no que se refere à 7ª Regional de Saúde, relativa à Região Metropolitana de Natal. Há, em estoque, apenas a reserva técnica, assim como orienta o Ministério da Saúde. A Sesap está discutindo com a Câmara Técnica de Vacinação a possibilidade de disponibilizar parte da reserva técnica para Natal, para não deixar idosos e profissionais de saúde sem completar o esquema vacinal por erro do município.

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