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Descaso que Mata: Heróis Abandonados pela Própria Prefeitura



A cena registrada em Macau expõe uma realidade brutal e vergonhosa: guardas municipais sendo obrigados a enfrentar incêndios em meio à fumaça tóxica, escombros e calor intenso sem qualquer condição mínima de segurança. É inadmissível que servidores públicos, cuja missão é proteger a população, sejam lançados ao risco sem equipamentos adequados, sem treinamento e sem respaldo institucional. Trata-se de um retrato cruel do descaso e da irresponsabilidade administrativa.

A Prefeitura de Macau falha de forma gritante ao não fornecer os EPIs obrigatórios — máscaras apropriadas, luvas, botas específicas e uniformes resistentes ao calor. Falha ainda mais ao ignorar a necessidade de uma brigada de incêndio municipal, estrutura que deveria existir há anos para garantir a proteção da cidade e dos próprios agentes. Essa omissão não é apenas negligência: é um atentado contra a vida de homens e mulheres que diariamente se colocam na linha de frente em defesa do cidadão.

Nenhum guarda municipal deveria ser exposto a esse tipo de situação. Exigir que atuem em cenários de alto risco sem condições, sem suporte e sem preparo é um ato de desrespeito, de desprezo pela vida humana e de total falta de valorização da corporação. É preciso dizer com todas as letras: a gestão municipal está falhando, e falhando gravemente.

Macau não pode continuar convivendo com esse abandono. É urgente que se invista em equipamentos completos e normatizados, que se garanta formação técnica contínua e que se crie, de uma vez por todas, uma brigada de incêndio municipal estruturada e reconhecida. O mínimo que se espera de uma administração responsável é empenho, ação e compromisso com aqueles que arriscam a própria vida para proteger a comunidade.

A população macauense exige respeito. Os guardas municipais exigem dignidade. E a Prefeitura tem a obrigação de entregar. O tempo da omissão acabou: é hora de assumir responsabilidades e agir com seriedade.

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