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Desigualdade: Nordeste tem maior taxa de desemprego e apenas 2/3 da renda média do Brasil

2º dados da Pnad do Primeiro Trimestre, divulgados nesta quinta (27) pelo IBGE, a taxa de desemprego na região Nordeste ficou em 18,6%, acima da taxa nacional de 14,7%. Além disso, a renda média do trabalho na região foi de apenas 66,5% da renda média brasileira.

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A taxa de desemprego no Nordeste foi de 18,6% no primeiro trimestre de 2021. Somado a isso, Nordeste e Norte foram as únicas regiões a apresentar aumentos significativos no desemprego desde o último trimestre de 2020.

A região apresenta ainda o maior contingente de população fora da força de trabalho do país, ou seja, pessoas que não estão empregadas nem buscam emprego, o que inclui por exemplo os desalentados. Essa parte da população cresceu bastante durante a pandemia. No Nordeste, 49,7% da população está fora da força de trabalho, acima da média nacional de 43,2%.

A comparação da renda também ressalta as desigualdades regionais fortes que existem no Brasil. A renda média do trabalho no Nordeste foi de 1693 reais mensais no período, cerca de dois terços da renda média do país, que foi de 2544 reais. O rendimento médio, no entanto, sofre uma certa distorção nesse momento dado que os trabalhadores com renda mais baixa foram os mais afetados pelas demissões e o desemprego, o que aumenta esta média.

Por isso, é mais significativo analisar a massa de rendimentos, ou seja, a soma do total de rendimentos do trabalho. No Brasil, foi de R$ 212,5 bilhões no período, o que representa uma queda de 6,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020. No Nordeste, no entanto, a massa de rendimentos atingiu o ponto mais baixo da série histórica, desde 2012, sendo de R$ 31,5 bilhões, queda de 10,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, sendo também a maior queda nacional.

Esses dados do IBGE mostram, por um lado, o avanço do desemprego e a queda da renda no país como um todo, como consequência das políticas do governo Bolsonaro e dos governadores que em meio a pandemia agem para salvar o lucro dos capitalistas. No entanto, essa queda é mais acentuada no Nordeste, região historicamente mais atingida pelas desigualdades, e ainda assim os governadores da região, mesmo os do PT, adotam medidas de ataque contra os trabalhadores, contribuindo para piorar estes tristes números.

Estes números reafirmam, também, a importância da luta contra Bolsonaro e contra todo o regime do golpe, por um programa emergencial nesse momento, que pudesse garantir um auxílio-emergencial de pelo menos um salário-mínimo, mas também garantir empregos dignos para combater o desemprego e a pobreza.

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