Depois de quase oito anos longe de Macau, eis que a governadora resolve aparecer. O povo já sabia: quando ela vem, não é por amor à Capital do Sal, mas por amor aos votos. E como sempre, chega de mãos abanando, trazendo apenas discursos embalados em papel celofane, sem nada de concreto.
O grande anúncio? Uma estrada para o distrito da Ilha de Santana. Mas aí entra a lógica sucupirana: “Se a ponte não está reformada, de que adianta a estrada?”. A ponte que dá acesso à Ilha não está caindo aos pedaços, mas coloca a população em risco todos os dias. É como oferecer um carro novo sem consertar a garagem que ameaça desabar.
A cena é digna de novela: discursos bonitos, promessas repetidas, mas a realidade é dura. O povo precisa de segurança, de obra na ponte, não de estrada que começa onde a insegurança termina. Sem reforma, a ponte é um gargalo perigoso, e a estrada vira promessa de papelão.
Macau assiste, incrédula, à governadora que chega com palavras vazias e sai sem deixar nada além de poeira de palanque. Estrada sem ponte é como promessa sem obra: só serve para iludir.
Em resumo: a visita política não trouxe sal, não trouxe obra, só trouxe discurso. E o povo, que já conhece o roteiro, pergunta: se a ponte não for reformada, de que adianta a estrada?

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