O mundo celebrou. A Venezuela se emocionou. Mas o governo brasileiro permaneceu em silêncio.
A ativista e líder opositora venezuelana María Corina Machado foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz de 2025, em reconhecimento à sua luta pacífica e incansável pela restauração da democracia em um país sufocado pelo autoritarismo de Nicolás Maduro. A honraria, recebida com entusiasmo por democracias ao redor do mundo, foi ignorada pelo Palácio do Planalto — um gesto que não passou despercebido.
O silêncio do Brasil, que mantém relações diplomáticas e ideológicas próximas ao regime chavista, revela mais do que uma omissão: expõe uma escolha. Enquanto líderes internacionais parabenizam Corina por sua coragem, o governo brasileiro evita qualquer menção ao prêmio, reforçando sua aliança tácita com um governo acusado de censura, perseguição política e destruição institucional.
María Corina, impedida de disputar as eleições de 2024 por um sistema judicial controlado por Maduro, tornou-se símbolo da resistência democrática latino-americana. Seu reconhecimento pelo Comitê Norueguês é um marco histórico — e um constrangimento para governos que ainda se recusam a condenar abertamente os abusos do regime venezuelano.
O silêncio, neste caso, fala alto. E o povo latino-americano escuta.
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