O deputado federal Fernando Mineiro resolveu dar mais uma contribuição ao universo da ficção política potiguar. Em sua última declaração, ele parecia estar narrando um episódio perdido de Arquivo X: segundo o alucinado parlamentar, a Assembleia Legislativa do RN estaria prestes a eleger Cadu para um mandato tampão. Só faltou dizer que os ETs desceriam em disco voador para conduzir a votação com luzes piscando e música de suspense.
Mas vamos aos fatos — ou melhor, à realidade que Mineiro insiste em ignorar. O tal “mandato tampão” só existiria se o vice-governador Walter Alves resolvesse não assumir o cargo. Nesse caso, quem entraria na dança seria o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, o terceiro na linha sucessória. O problema é que tanto Walter quanto Ezequiel olham para o buraco deixado pelo PT no RN e pensam: “melhor não”. Afinal, o estado foi afundado em dívidas tão profundas que nem o Aquaman toparia mergulhar.
Mineiro, no entanto, segue firme em sua crença digna de carochinha. Ele e seus companheiros parecem viver em uma realidade paralela, confundindo a Assembleia Legislativa com um set de filmagem de Arquivo X, como se fosse um passe de mágica — ou melhor, um roteiro de carochinha escrito por ETs fumando orégano intergaláctico, é creditar que tudo se resolve com discursos. Enquanto isso, os deputados estaduais que realmente têm poder já entenderam o jogo: E, cá entre nós, eles estão mais ansiosos para encerrar o ciclo petista do que criança esperando o Natal.
O resultado é uma cena tragicômica: Mineiro falando de mandato tampão como se fosse a solução mágica, os colegas fingindo que acreditam, e o povo se perguntando se não seria melhor chamar o Chapolin Colorado para resolver a bagunça. Porque, convenhamos, acreditar nessa história é tão plausível quanto esperar que ETs venham quitar a dívida do RN

0 Comentários