Mais um fim de semana de terror em Mãe Luíza expõe a omissão do Estado na segurança pública. A população de Natal, especialmente nos bairros de Mãe Luíza, Tirol, Petrópolis e áreas próximas à praia, foi novamente refém da violência armada entre facções criminosas, revelando a incapacidade do governo em garantir paz e proteção aos cidadãos.
Quarto episódio só em novembro: Mãe Luíza registrou pelo menos quatro tiroteios neste mês, todos relacionados à disputa territorial entre facções.
Impacto direto na vida da população: escolas esvaziadas, serviços interrompidos e moradores vivendo sob constante medo.
Expansão das facções: especialistas apontam que o bairro está sob influência direta de organizações criminosas que disputam o controle territorial.
Após os tiroteios, o governo estadual anunciou operações como a chamada “Farol da Justiça”, mobilizando Polícia Militar, Civil e outros órgãos.
Apesar das ações pontuais, moradores denunciam que o Estado só aparece em momentos de repressão, sem políticas permanentes de prevenção e presença efetiva.
A chamada “Operação Mãe Luíza Segura” resultou em 12 prisões e apreensão de armas e drogas, mas não conseguiu evitar novos confrontos.
O Estado falha em sua função básica: garantir segurança e dignidade à população.
A violência não é novidade, mas se repete mês após mês, sem que haja uma estratégia consistente de enfrentamento.
Enquanto o governo insiste em discursos e propagandas, a realidade mostra comunidades abandonadas, reféns do medo e da criminalidade.
O episódio em Mãe Luíza é mais um retrato da hipocrisia governamental: um Estado que se vangloria de operações midiáticas, mas que se omite na construção de políticas duradouras de segurança. Os moradores de Natal não precisam de promessas ou narrativas, mas de presença efetiva, proteção real e políticas públicas que devolvam a paz às ruas.
Em resumo: os tiroteios em Mãe Luíza não são apenas resultado da disputa entre facções, mas da ausência crônica do Estado, que insiste em aparecer apenas para apagar incêndios, deixando a população à mercê da violência.

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