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Puritanismo de fachada: vereadora Brisa usa dinheiro público para financiar eventos de cunho político

É curioso — e profundamente frustrante — observar como o Partido dos Trabalhadores (PT) se apresentam como paladinos da ética, da moralidade pública e da renovação política, mas acabam reproduzindo os mesmos vícios que tanto condenam. O caso recente envolvendo a vereadora Brisa, em Natal, é emblemático. O uso de dinheiro público para financiar eventos de cunho político, sem qualquer justificativa plausível ou defesa convincente, escancara uma prática que deveria ter sido sepultada com as “velhas raposas” da política brasileira.

O silêncio dos correligionários é ensurdecedor. Nenhuma nota de repúdio, nenhuma tentativa de esclarecimento, nenhuma autocrítica. A omissão fala alto — e confirma a veracidade das denúncias. Quando o erro parte de dentro, a indignação desaparece. O que sobra é o corporativismo, o acobertamento e a tentativa de abafar o escândalo.

Os que se dizem diferentes, que se vendem como alternativa ética, acabam se revelando apenas mais do mesmo. A retórica puritana cai por terra diante da prática oportunista. E o eleitor, mais uma vez, é tratado como massa de manobra, como alguém incapaz de perceber que o verniz progressista não resiste ao teste da coerência.

Se o PT — ou qualquer partido — quer se apresentar como agente de mudança, precisa começar por dentro. Precisa romper com os vícios, com os abusos, com a hipocrisia. Caso contrário, continuará sendo apenas mais uma legenda que fala bonito, mas age como sempre se agiu: com desprezo pelo dinheiro público e pela inteligência do cidadão.

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